Hoje é véspera de natal, mas não teremos trégua de informação, para essa data trouxe uma dica cultural muito pertinente ao tema desse post. Nesse dia 24/12, será o lançamento do filme "As Sufragistas" que narra o drama britânico de mulheres lutando e reivindicando o direito de participação nas decisões políticas além de exigir leis mais justas que as incluíssem em decisões parlamentares, no inicio do século XX. O nome do longa, deriva do movimento que no Reino Unido começou com a fundação da União pelo Sufrágio Feminino, que expunha as leis sexistas e tentava alterar o modo como elas eram discutidas. Emmeline Pankhurst, uma vanguardista, mulher à frente do seu tempo, juntamente a um grupo de operarias, juntavam suas vozes para lutar pelos direitos femininos. Depois de muitos protestos pacíficos que não surtiam efeito algum além de greves de fome, elas resolveram desafiar o Estado e passaram a agir de modo radical.
Pararam para pensar que, se essas mulheres ignoradas no primeiro instante tivessem desistido de seus ideias talvez hoje nós mulheres contemporâneas a elas não participaríamos das decisões do nosso país por meio do voto? Pois, é. Essa atitude, ou melhor ato político é um ato feminista.
Feminismo, palavra essa que anda tão em moda nos últimos tempos, não é? Têm gerado inúmeras discussões acaloradas em torno desse substantivo masculino, derivado do latim. Segundo o dicionário, o significado do termo é: "Sistema dos que preconizam a ampliação legal dos direitos civis e políticos da mulher ou a igualdade dos direitos dela aos do homem." É a luta pelas mulheres para desfrutarem dos mesmos deveres e privilégios que os homens, nesse sentido estão salários equiparados, os mesmos espaços no mercado de trabalho, no cenário político e atualmente entraram novas demandas em pauta como qualquer tipo de opressão, seja esta de gênero, raça, classe social e tantas outras.
Esse movimento que teve início nos desdobramentos da Revolução Francesa (1789-1799), na luta de mulheres organizadas que desejam participar ativamente nos lemas Liberdade, Igualdade e Fraternidade e terem seus direitos reconhecidos. Há muita história por trás do tema, inclusive curiosidades que descobri no site da Univerdade Livre Feminista como o primeiro país que aprovou o voto feminino foi a Nova Zelândia, eles contam com uma linha do tempo bem bacana para quem se interessa pelo tema.
Lembrem-se que o Feminismo é diferente da misoginia,ódio aos homens, e também de ausência de feminilidade, ou romantismo, é uma escolha em que homens e mulheres podem fazer e que beneficiam a sociedade em geral, pois as pessoas do sexo masculino muitas vezes estão também aprisionados a estereótipos típicos de uma sociedade paternalista. Não se esqueçam que esse movimento não apresenta uma cartilha com os mandamentos a serem seguidos, cada feminista segue suas próprias regras. O portal M de Mulher fez uma matéria muito bacana contando 11 mentiras ultrapassadas sobre o movimento, vale a pena conferir.
Na literatura foram inúmeros títulos que destacam o movimento desde os anteriores ao "Segundo Sexo" de Simone Beauvoir, até "Eu Sou Malala" escrito por Malala Yousafzai, Prêmio Nobel da Paz 2015, que narra a sua luta para garantir os estudos as meninas paquistanesas e sofreu um atentado pelo grupo terrorista Talibã em 2012. se quiserem faço resenha, já li e indico.
É claro que o movimento não é perfeito e têm seus problemas como é apontado nesse texto incrível que li hoje e retrata as desigualdades de feminismo em classes sociais diferentes escrito por Victória Damasceno. E ainda houve um programa do Profissão Repórter que abordou de forma muito inteligente o assunto, e se quiser saber mais indico as páginas do Facebook Chega de Fiu Fiu, Empodere as Mulheres, Quebrando Tabu e inúmeras outras, e para se aprofundar é só dar uma googada.
Eu espero que tenham gostado, foi muito prazeroso pesquisar e escrever para vocês,
Beijos e até a próxima.
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