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sábado, 26 de dezembro de 2015

Quebrar paradigmas, esse é o desafio das redes sociais

Desde que surgiu o advento da internet, esta tem sido usadas não somente como meio de comunicação e propagação de informação, mas também como ferramenta que propicia transformações sociais, movimentos culturais e políticos que extrapolam as telas dos computadores e vem sendo estudada por inúmeros filósofos e pesquisadores.

Pierry Levy, 59 anos é um filosofo francês da cultura virtual contemporânea sendo um dos objetos mais importantes de estudo, a Esfera Pública no Século XXI, que é caracterizada pela mídia digital a
comunicação em redes, possibilita a expressão pública independente de limites geográficos, e em escalas jamais registradas na história da humanidade. Segundo ele, a mídia digital democratiza e amplia os modos de obtenção de informações, pois seus custos são baixos e qualquer pessoa que tenha o aparato tecnológico adequado é capaz de propagar informações, abrindo assim um gigantesco leque que consequentemente abrange diferentes pontos de vistas e fontes para pesquisa e mais informações. Diferentemente das fontes tradicionais que estabeleciam uma comunicação quase unidirecional, as redes sociais além da função de criar conexões, podem servir ainda como páginas para conectar-se a fontes confiáveis de informação.

Desde o começo do século já era possível observar que essa nova esfera reorganizaria e transformaria o jogo político e a diplomacia sendo o Wiks e seus semelhantes grandes atores dessa alteração.  Engrossaram o caldo, o Wikipédia que é uma enciclopédia de caráter colaborativo, além das redes sociais como o Facebook e o Twitter que transmitiram os desdobramentos da Primavera Árabe em 2011 e também foram os meios de organização e propagação das manifestações no Oriente Médio, no Brasil também houveram protestos em 2013 que culminaram em decisões importantes, quem não lembra #NaoSaoSo20Centavos ? Nesse ano também ocorreram em favor ou contra o impeachment da presidente Dilma Roussef, cassação do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e outras demandas como a lei que prevê a comprovação de abuso sexual para a realização de aborto legalizado, que já falamos por aqui.

Com a popularização e criação de novos aparatos tecnológicos e novas redes de interação, saber e entender o que se passa do outro lado do planeta ficou mais acessível, como a campanha que acontece a algum tempo através do Instagram em que jovens iranianos se rebelam contra as fotos que constam em seus documentos oficiais, para que ela seja aceita é preciso o cumprimento de inúmeras exigências como: os homens não devem usar chápeu, óculos, cabelo com penteado, ou costeleta, além de olhos e orelhas estarem visíveis e a roupa não pode combinar com o fundo, enquanto as mulheres necessitam estarem trajadas com o hijab completo, véu muçulmano que só deixa a face amostra, sendo o lenço de cor escura, ausência de maquiagem e joias. O curioso do movimento é demonstrar a beleza real, aquela que as pessoas querem mostrar e não a imposta, para ver algumas imagens é só clicar na #KarteMeliChallenge. 

O que me lembrou um movimento completamente contrário em terras tupiniquins, este promovido pela revista Glamour, no ano de 2014, em que celebridades, sub-celebridades e influenciadoras no meio virtual ou televisivo apareceriam sem maquiagem para demonstrar sua beleza natural, sendo a campanha intitulada de #semmakecomglamour. Peguei essas duas campanhas que apesar de tratarem de como a beleza natural é enxergada em diferentes culturas, serve perfeitamente para representar a teoria de Levy, no momento em que disserta sobre a modificação de memória coletiva e a orientação de outros seguidores a partir da seleção de fontes, estabelecer prioridades, conteúdos de qualidades e retransmissão desses através de conversas criativas, como os cases publicitários e/ou jornalísticos que podem resultar em sucessos e viralização.

 Voltando ao campo político, e porque não dizer que essas ações foram políticas e manifestações democráticas ou rumo à ela, o filósofo francês, diz que é muito difícil manter segredos manter segredos na esfera pública sendo uma tendência inevitável que pode trazer benefícios como a transparência de dados, menos censura, menos obscuridade e um crescimento da democracia.

Acabei me estendendo um pouco, mas espero que tenham gostado,

Fontes: FolhaRevista Glamour

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